Buscas Sem Clique: Como Otimizar Sua Estratégia de Conteúdo

Os tempos mudaram para quem depende de tráfego orgânico. Se você sente que seu site está perdendo visitantes nos últimos anos, provavelmente não está sozinho. É cada vez mais comum ver estatísticas assustadoras que mostram um novo fenômeno: as buscas sem clique, ou zero-click searches. Nesse cenário, o Google (e outros buscadores) respondem para o usuário diretamente na página de resultados, não dando nem tempo de um clique acontecer. Mas calma — nem tudo está perdido para quem trabalha ou depende do digital.

O que são buscas sem clique e como elas surgiram

A melhor forma de entender o assunto talvez seja a mais direta. Buscas sem clique acontecem quando alguém faz uma pesquisa, recebe a resposta ali mesmo no resultado e decide não clicar em nada. É o oposto daquela internet do início dos anos 2000, em que toda busca era um convite a navegar. Hoje, a resposta pode ser um simples “sim/não” destacado, uma mini-biografia, previsão do tempo ou até uma receita de bolo resumida. O usuário digita, olha, agradece mentalmente e segue.

Esse tipo de experiência ficou mais comum por conta da popularização de recursos como featured snippets, painéis de conhecimento, caixas de respostas diretas, pacotes locais e, mais recentemente, os resumos gerados por inteligência artificial que ocupam o topo do Google (e estão chegando em outros buscadores). E, claro, não é só uma impressão: quase 65% das buscas no Google em 2020 não geraram nenhum clique. Para colocar em perspectiva, em 2017 esse percentual era de 54,11%. Em 2021, já saltou para 62,41%.

SERP do Google mostrando respostas instantâneas sem nenhum clique Ninguém parece totalmente preparado para esse nível de resposta instantânea, principalmente quem produz conteúdo para ranquear sites. Mas é verdade: se o seu negócio ainda aposta todas as fichas em atrair as pessoas para o site a qualquer custo, está na hora de repensar.

Tipos de buscas sem clique: por que elas só aumentam?

Nem toda busca sem clique é igual. O próprio Google passou a introduzir diferentes jeitos de entregar uma resposta direto no resultado, e outras plataformas rapidamente seguiram a onda. Alguns dos exemplos mais frequentes:

  • Featured snippets: trechos de texto em destaque, que resumem (ou até copiam) o conteúdo de um site.
  • Caixas de resposta direta: aquela área com definição de palavra, conversor de moedas, cálculos rápidos ou informações básicas.
  • Painéis de conhecimento: blocos que mostram detalhes sobre pessoas, empresas, eventos e lugares.
  • Pacotes locais (local packs): mapa com estabelecimentos do bairro ou região.
  • Resumos com IA: blocos integrados que usam inteligência artificial para gerar respostas exclusivas — algo que pode, inclusive, misturar dados de vários sites.

Quando a busca é simples — como “horário do jogo”, “significado da palavra”, previsão do tempo ou endereço de restaurante — dificilmente o usuário vai querer clicar em algo depois da resposta automática. Mas até assuntos complexos estão sendo resumidos: com IA, os mecanismos de busca passaram a dar conta de questões quase “filosóficas”, resumos históricos e dicas práticas. E o impacto disso se vê nos números.

Em alguns setores, o tráfego despenca. Segundo um estudo da Xpert Digital, os resumos suportados por IA podem cortar o tráfego orgânico em até 64%, dependendo do segmento. Sites de viagens viram um recuo médio de 9,8% nos cliques orgânicos, enquanto consultas locais caíram quase 15%.

A resposta já está no Google.

Ou, melhor dizendo, a resposta está no Google — o usuário já não precisa sair de lá.

Por que as buscas sem clique mudaram o jogo?

A mudança radical no jeito como as pessoas consomem conteúdo transformou três pontos principais para sites e marcas:

  • Menos visitantes: se ninguém clica, menos usuários chegam à sua página.
  • Menos receita de anúncios: menos tráfego significa menos impressões, menos cliques em banners, menos conversão.
  • Menos engajamento: aquela interação “pessoa com sua marca”, que antes acontecia no seu site, agora morre antes de começar.

Além disso, o caminho do usuário até a informação mudou. Ele pode descobrir uma dica no Instagram, buscar uma explicação rápida no YouTube, encontrar opiniões no Twitter e concluir o processo em uma compra na Amazon. Aplicativos de IA, como ChatGPT, entram nesse roteiro para responder perguntas praticamente sem intermediação.

Mesmo assim, o SEO não morreu. Só mudou de lugar — ou de forma. Em vez de lutar contra as buscas sem clique, as marcas agora precisam entender como se posicionar para colher frutos mesmo quando o clique não acontece.

Adaptação é o caminho: como começar a otimizar para buscas sem clique

Se adaptar parece cansativo no início. Mas pode ser libertador saber que seu conteúdo não precisa apenas esperar pelo clique — ele pode estar ali, disponível, influenciando decisões mesmo sem que alguém entre no site. Para alcançar isso, é preciso repensar algumas práticas.

1. Escolha de palavras-chave: foque no que realmente importa

Segundo Neil Patel, o segredo está em priorizar termos que tragam cliques reais: palavras-chave com intenção clara de visita, principalmente aquelas que exigem aprofundamento, navegação ou compra. Palavras informativas simples (“horário do filme”, “quem descobriu o Brasil”) provavelmente vão virar resposta direta.

A escolha inteligente de palavras-chave também deve considerar o volume de buscas por perguntas (quem, o que, onde, quando, por que) e termos de cauda longa. Nesses casos, o buscador pode até trazer informações rápidas, mas muitas perguntas exigem argumentos, exemplos, imagens ou explicações detalhadas. Esse é o seu “território seguro”, menos sujeito a respostas automáticas.

2. Estruture muito bem o conteúdo (e facilite a leitura para a IA)

Essa talvez seja uma das dicas mais negligenciadas. O Google (e outros buscadores) precisam entender claramente o que você está respondendo para decidir se vai exibir seu conteúdo em um snippet. Estruturar o texto usando títulos, subtítulos, listas e blocos claros aumenta a chance de ser referência.

Esse ponto foi trabalhado em detalhes no artigo como heading tags impactam o SEO do site, mostrando que a hierarquia de títulos (H1, H2, H3, etc.) orienta tanto usuários quanto máquinas sobre o que é prioritário em cada seção. E olha — muitas vezes, o conteúdo mais simples, objetivo e direto é o que será “puxado” para o recurso destacado.

Outra dica é usar listas numeradas, respostas com até 40 palavras e definições claras para tópicos centrais. Isso maximiza sua chance de conquistar aquele snippet especial do Google ou de ser a fonte de um resumo por IA.

Estrutura de conteúdo otimizada com títulos e listas 3. Responda perguntas frequentes dos usuários

Ao levantar as dúvidas mais recorrentes (as famosas FAQs), o seu conteúdo ganha vantagem para aparecer nos trechos em destaque ou mesmo como fonte para ferramentas de IA. Isso amplia sua exposição, mesmo sem gerar o clique — afinal, sua marca aparece como referência de autoridade em determinado tema.

Mas, além de ser prático, esse hábito ajuda a identificar lacunas e ajustar o tom da produção. E, se por acaso a pessoa decidir limpar a dúvida principal diretamente no buscador, ela pode se lembrar de você quando quiser aprofundar.

4. Fortaleça sua autoridade, experiência e confiabilidade (EEAT)

Com busca sem clique, nunca foi tão importante provar que o seu conteúdo é confiável. O Google valoriza marcas, autores e fontes que mostram especialização, autoridade e confiabilidade.

  • Cite fontes e estudos recentes no seu segmento.
  • Adicione dados próprios (pesquisas, cases, números internos).
  • Inclua credenciais, biografia de autores ou depoimentos de especialistas.
  • Mantenha informações de contato e política de privacidade visíveis e atualizadas.

Essas medidas são “detalhes” aos olhos do usuário casual, mas podem fazer toda a diferença para que robôs e algoritmos identificam sua marca como referência.

5. Use schema markup (marcação estruturada) sempre que possível

A marcação estruturada (schema) é quase um “atalho” para dizer ao buscador (e à IA): “ei, isso aqui é uma receita; aquilo ali, um produto; ali, uma avaliação de cliente — destaque como quiser”. E, por incrível que pareça, poucos sites investem nisso adequadamente.

Para quem quer ver exemplos práticos, há muitos tutoriais detalhando como aplicar schema em resenhas, eventos, receitas, pessoas, organizações e mais. Mas o melhor mesmo é testar o Rich Results Test do Google, validando se sua marcação está pronta para facilitar a vida do buscador.

No blog da Perika, há artigos completos sobre como o SEO técnico contribui para que ferramentas automatizadas entendam melhor o conteúdo e, consequentemente, sua marca apareça mais vezes.

6. Invista (de verdade) em SEO local

Os chamados local packs tomaram conta de muitas buscas práticas. Para negócios com atendimento físico, como academias, clínicas, restaurantes ou lojas de bairro, esse tipo de resultado responde a quase todas as dúvidas do consumidor: horário, endereço, telefone, avaliações – tudo já aparece ali.

Segundo dados recentes da Xpert, as buscas locais já perderam até 14,9% dos cliques em alguns segmentos apenas com introdução de respostas automáticas. Isso não quer dizer que o jogo acabou — só ficou mais competitivo. É preciso manter suas fichas atualizadas, cuidar das avaliações dos clientes, garantir consistência em seus dados nos diferentes diretórios e, se possível, estimular depoimentos positivos.

No blog da Perika, o artigo sobre o impacto das migrações de sites no SEO traz dicas adicionais para não perder posicionamento em buscas locais durante atualizações ou trocas de domínio.

O SEO não morreu — mas precisa mudar (e rápido)

Talvez soe radical falar em morte do SEO tradicional. Mas, honestamente, é só um ciclo natural. O tempo em que listar links e esperar o clique fácil já passou. Para se destacar hoje, o conteúdo precisa cumprir dois papéis ao mesmo tempo:

  • Ser encontrado por IA e buscadores: respondendo perguntas simples e rápidas, sendo referência em trechos destacados.
  • Servir de aprofundamento quando o usuário desejar mais: quem sentir interesse vai buscar o detalhe, o vídeo, a oferta ou opinião especializada.

Não é mais sobre estar visível — é sobre ser a primeira resposta.

Quando se fala em entrega de soluções digitais orientadas por dados, a Perika tem como princípio unir excelência técnica, visão estratégica e recursos como o SEO técnico à inteligência de negócios. Não basta atrair visitantes: é preciso ajudar clientes a entender gargalos, mensurar métricas reais e adaptar para o novo digital.

O novo mantra: Search Everywhere Optimization

Foi-se o tempo em que o Google era “a” porta de entrada para qualquer jornada. As buscas estão espalhadas por plataformas: redes sociais, aplicativos de voz, marketplaces, assistentes, fóruns e, claro, ferramentas de IA. O conceito de Search Everywhere Optimization (SEO para todos os lugares) surge para lembrar que marcas precisam estar presentes onde o público, de fato, faz perguntas — não só onde motores tradicionais ranqueiam.

Na prática, isso significa algumas coisas:

  • Invista em snippets rápidos e conteúdo objetivo para buscadores, mas também publique vídeos explicativos, reviews em marketplaces e conteúdos interativos em redes sociais.
  • Adapte seu conteúdo para pesquisas por voz (linguagem conversacional, respostas rápidas, clareza).
  • Monitore presença em locais menos óbvios (YouTube, TikTok, Amazon, LinkedIn) e ajuste estratégias para cada formato.
  • Crie conexões entre plataformas, linkando e reforçando a presença da marca em todos os pontos de contato.

Marca em diferentes plataformas de busca No fim das contas, Search Everywhere Optimization é um convite a enxergar o funil digital como algo múltiplo, horizontal e conectado. O clique, nesse ambiente, virou só mais um resultado possível — não o único.

Navegando contradições: o que é perder tráfego e o que é ganhar relevância?

A sensação de “perda” é natural para quem se acostumou a medir sucesso apenas pelos cliques. No entanto, muita exposição pode ser conquistada mesmo sem visita ao site. A marca que aparece como referência confiável nas respostas automáticas, nos fóruns, em vídeos e resumos de IA, se fixa na memória do usuário.

E, sim, é possível ganhar relevância mesmo perdendo cliques simples. Nem todas as visitas valem a mesma coisa. Às vezes, o tráfego reduz, mas o público que chega é mais qualificado, permanece mais tempo, converte melhor.

O artigo da Perika sobre CRO (otimização da taxa de conversão) traz um ponto interessante: direcionar esforço para visitantes que realmente têm interesse, guiando-os até etapas mais avançadas da jornada, tende a trazer resultados mais consistentes — inclusive em receita e geração de leads.

Quem clica menos, mas se engaja mais, vale muito.

Ou, dito de outra forma, o usuário que não chega no site, mas grava sua marca e volta quando precisa de algo importante, é altamente valioso. Essa é a nova moeda do digital.

Dicas rápidas para quem sente na pele o impacto das buscas sem clique

  • Esteja atento aos relatórios de fontes de tráfego — foque em qualidade, não apenas em volume.
  • Envolva equipe de conteúdo, TI e marketing para ajustar marcações, respostas rápidas e experiência mobile.
  • Utilize ferramentas de monitoramento de presença em múltiplas plataformas — e não só Google Analytics.
  • Teste novos formatos de conteúdo, como vídeos curtos, posts em carrossel, guias visuais e FAQ interativa.
  • Colabore com empresas que entendam do assunto. Projetos como a Perika atuam como parceiros estratégicos, ajudando em decisões baseadas em dados reais, não só na intuição.
  • Reavalie expectativas — não tenha medo de “perder” um tipo de tráfego se for para ganhar outro mais valioso.

Equipe de SEO analisando dados juntos Conclusão: o futuro está em reinventar a presença digital

Ninguém sabe exatamente para onde a busca vai evoluir nos próximos anos. O que parece claro é que a tendência de buscas sem clique só vai acelerar. Isso pode assustar, mas também abre portas para estratégias mais inteligentes e marcas mais reconhecíveis — estejam elas em snippets, vídeos, resumos de IA ou fóruns.

Para quem não quer ser pego de surpresa, adaptar a estratégia de conteúdo, investir em tecnologia e apostar em dados como a Perika faz, é um caminho tranquilo e seguro. O segredo está em equilibrar presença em plataformas, detalhamento técnico e comunicação direta com o público.

Se a sua meta é crescer no ambiente digital, transformar visitantes em clientes e garantir que sua marca não passe despercebida, considere conversar com especialistas em SEO e presença digital. Conheça mais sobre os serviços da Perika e descubra como uma abordagem integrada pode impulsionar resultados concretos, com ou sem cliques — já que, no fim, o que conta mesmo é ser relevante onde o seu público está.

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